sexta-feira, 5 de março de 2010

Alquimista Lírico


Profundo lamento,
Jaz sóbrio e indiscreto,
Na minha parca leveza de ser…

Estranha energia assolou-me,
Aguçou-me os sentidos,
Revivi uma alma antiga,
Sem me perceber…

Apenas um olhar,
Reconhecer-te…

Sem nunca te ter visto,
Ouvido ou sentido…

Humana forma real,
Príncipe etéreo da noite,
Que manipulas letras e a magia de sons,
Como uma predigitação antiga,
Alquimista lírico.

Delitos perfeitos,
Nessas entregas,
Que manejas de alma fingidora.

Que alma e que dor escondes pela mascara,
Que tão breve quase a li,
Ali, como a um livro aberto,
Pedindo para ser lido…

Levei comigo esse pedaço teu,
Sem o teres oferecido…
Sem o ter roubado…

Pertença antiga,
De outra era, de uma outra hora,
De um desencontro de almas,
Acreditado…

Príncipe rei,
Que mundos distanciam,
Almas par,
Repartidas na criação dos tempos…
A mesma dor, o mesmo sentir, o mesmo querer…

Reconheci-te apenas,
O tempo gelou o instante dos espíritos…
E os espíritos no olhar…

terça-feira, 2 de março de 2010

Love addicts


Faz uns dias e estive à conversa com amigo meu…
Falamos acerca do amor…ou melhor, acerca do “desamor”!
Chegamos à conclusão que o Amor é mesmo como uma gripe…”que se apanha na rua e se resolve na cama!”kkk

Bem…agora a sério…
O Amor é mesmo uma gripe…faz-nos ver coisas irreais, passamos a estado febril, horas na cama e é um problema para combater depois de um indivíduo ser infectado…
Acho que durante a nossa vida passamos por vários estados de gripe, ou conhecemos pelo menos algumas estirpes…paixões, paixonetas… mas a pior é mesmo a gripe A de Amor…
As outras são passageiras e curáveis…têm bons medicamentos para se puder ultrapassar, mais mazela, menos sequela…continuamos a caminhar na nossa vida, nos nossos trilhos…
Mas a pior é mesmo a “A” de Amor…
Ou bem que apanhamos uma duvidosa imunidade vacinada pela vida ou vamo-nos ver em maus lençóis…
É incurável segundo especialistas, pode induzir-nos realmente a um estado de coma até permanente, perante a vida e outros amores, e uma vez superada, parte da boa noticia, pode deixar sequelas mas garantidamente ficamos imunizados para o resto da vida…para aquela estirpe de gripe…

O Amor é mesmo como uma gripe… e de muito fácil contágio!
E até parece que vicia…como é possível viver sem Amor?!
Mal nos curamos de uma e já andamos no meio da rua a ver se apanhamos outra…:)

O mais estranho é quando se tornam estados de gripe permanentes…e com vários sintomas contraditórios ao mesmo tempo…
Como é possível amar, odiar, desejar, ter raiva, ter ciúmes e morrer de saudades?!
Uma sensação do tipo “with or without you”!
Saber que esta gripe não é bem-vinda, não é saudável, que este estado não é sustentável, mas dá uma vontade de continuar a não tentar curá-la…:)
E até é possível e acontece…aparentemente passa, mas apenas adormeceu no nosso sistema e um dia decide acordar depois…

Mas as gripes de Amor uma vez curadas, imunizam-nos para sempre…para aquela estirpe!

Sabem amigos…vírus tramado esse do Amor, toda a vida apanhamos destas coisas, recompomo-nos mas ficamos a vida à procura de voltar a sentir aquele estado febril de ver as coisas…
São intensas, contagiosas e arriscadas…
Amar, é um vicio…um vício bom demais…:)

Amem muito pela vida fora, em estados febris, gripais ou não, mas simplesmente amem!
Se a vida já nos faz tantas mazelas mesmo, ao menos que sejam proporcionadas a boas lembranças e sentimentos…

Desamores todos têm, amar em silêncio é uma dor, amar sozinho tempo perdido demais…
O tic-tac do tempo não pára de respirar…
A vida passa-nos ao lado e nunca vamos a tempo de agarrar e viver tudo e todos os sonhos, ou neste caso todos os amores...

A vida tal como o Amor são feitos de opções…erradas ou não, é preferível sempre tomar uma má decisão, que decisão nenhuma…

Esta vai dedicada ao grupo dos “love addicts”!