quinta-feira, 16 de abril de 2015

Amarras

Insistir no sonhar,
No pode ter sido,
No quero que fosse…

Querer no ilusionismo dos sentidos,
Ver a luz no escuro, cego de esperança…
O fogo poente dos corpos que ardem em carências,
Em apetites da alma,
Que pecam vorazes nas iguarias da vida,
Desalinhados, desconcertados,
À força de um só querer…

Arrasta-se atracado outro,
Na marcha da esperança,
Que cega e tatua o tempo.
Um que desconfia, outro que sente,
Um arrasta feliz, o outro deixa-se arrastar na maré desse enlaço…

Mas a maré também tem fases, medidas, tempos…
Rasgadas as amarras, voga-se a liberdade do desconhecido…
Encalhados nas areias de um porto seguro,
Não caminham…

De corações em desalinhos,
De tempos desconcertados nas vontades de querer,
Um e outro perdem-se por força das marés…
Num abraço que não tinha de ser,

As amarras nada podem sempre prender…


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Mais uma perda...

Infelizmente, mais uma perda na minha vida... ultimamente tenho somado baixas de pessoas incríveis que fazem parte da minha passagem.

As recordações, o riso e o seu grande humor muito próprio... vou precisar disto, infelizmente, só agora é que percebi que podia ter disposto de mais um pouco de tempo para privar e saber do meu AMIGO.

Não abandonou, como certos tais que se diziam, foi companheiro, ombro, um irmão mesmo... o meu companheiro-amigo que jamais vou esquecer.

O meu grande apoio e porto seguro durante a gravidez e a minha estadia longe da família...

Não tenho jeito para lamechices, não quero... e estou zangada de verdade por este roubo injusto de vida a alguém que a vivia tão alegremente, que finalmente se estava a realizar como homem e pai...é injusto mesmo...irmão Rui, um até já, já me fazes falta...