domingo, 7 de junho de 2015

Chegar ao fim quando ainda nem se começou…






Gerir as nossas relações e expectativas.

Como alguém do meu passado dizia: -são precisas duas pessoas para ter uma conversa!
Caso contrário, será um monólogo ou uma conversa de surdos.
Numa relação o que mais importa é a comunicação. Se ela é feita por sinais, olhares, por deixas ou diretamente, o que importa é comunicar.
Fazer entender o outro o que sentimos, o que queremos e fazer as coisas avançar, viver e construir juntos…

Teorias do senso comum: quando uma mulher diz:- sim vai sair com os teus amigos, vai e diverte-te… !
Toda a gente sabe que de uma mulher ciumenta isto não passa de um teste, de uma ironia “atreve-te”!!! ;)
Mas ele vai e aproveita mesmo…
O que dói e mata!...

Aí a mulher pensa o como devia fazer exatamente o mesmo…mas não faz porque está numa relação.
Não tem nada que a ver com o facto de se fazer nada de mal, mas é uma questão de respeito e liberdades…se são um casal e um não pode por alguma razão, porque é que o outro não guarda a saída para outra ocasião?!

Só pelo facto de não viverem juntos tudo é assim tão permitido?!

O.K. , isto é a ciumeira a trabalhar!!! Mas custa na verdade!

Depois vêm os fatores idade, expectativas, tempos de namoro, pressões familiares…

E a aliança sai ou não sai?!
O tal pedido de casamento romântico?!
Os planos de uma vida a dois?!
A coisa é séria ou não?!

E passa o Natal e o dia dos namorados e os anos e a data do aniversário do namoro e nada de rasgos românticos nem aliança, nem perspectivas de coisa alguma porque tudo é vedado por os fatores monetários e “bagagens” pessoais…(ou por falta de coragem de se resolverem situações…)

Só os lamentos das contas para pagar, do trabalho, da família, da falta de dinheiro diárias e…mais nada!

E nós (mulheres) na espera, na esperança dos rasgos românticos do início e das declarações fortuitas de amor, do fogo da paixão e a pedir secretamente que de facto se realizem para continuarmos a acreditar que vai resultar…
No entanto começam as conversas repetidas, queixas desconexas, temas incómodos e sem interesse…conversas vazias e de ocasião preencher vazios…

Aí começamos a ver os detalhes incómodos, as situações desconfortáveis, começamos a ver defeitos e a ser intoleráveis…a medir os prós e os contras da relação e que impactos práticos terão nas nossas vidas!

Apesar de acomodadamente e nas folgas da criança, lá vamos ao jantarinho no restaurante do bairro quando se pode (questão monetária), beber um copo no bar da zona, dançar q.b. e dormir até a ressaca se curar… e voltar então de novo cada um à sua vida, com as suas dores e dissabores e lamentar profundamente por não haver resolução…

Resumindo, aos 35 anos, mãe solteira e assumidíssima, a coisa que mais queria de facto era alguém ao meu lado expedito e resolvido, com projetos e a realiza-los!
Companheiro sim, não só nos copos, não só amante, não só amigo. Um cúmplice, um alicerce, “motor de arranque”, capaz de me carregar a mim e ao mundo se fosse preciso…só por mim…(é de facto pedir muito mas não é impossível…)

Depois do meu passado, do meu trilho importava mesmo sentir esse “alguém” que me pertencia e que lhe pertencia…o tal do “compromisso” para toda a vida, como um pacto de sangue…a minha outra parte!

Ao início apesar dos freios e dos receios parecia, mas depois tudo desvaneceu tão rapidamente como aconteceu…
É tao fácil falar, dizer que “te amo” e que para mim só existes tu e és tu…!

E quando as situações “chaves” aparecem em que temos de agir e demonstrar isso exatamente nos passam ao lado e nem agimos?!

Será que é assim tanto Amor?!

As pessoas efetivamente revelam-se nas crises, nas situações limite…

Mas a vida também me tem ensinado que nem toda a gente lida com as situações de acordo com o que tenho expectativa ou acho que conhecia das pessoas…

Na verdade por vezes é melhor desvalorizar e deixar as coisas como estão e se as tivermos de as enfrentar que seja “encolhidos” e calados.
Dá menos trabalho e chatice na verdade e tudo acaba por passar e se arrumar!
Isto com o trejeito: o que não tem remédio remediado está!

Cá a miúda é gente de pelo na venta (agora) e faz questão de reclamar o seu direito seja onde e com quem for! Recuso-me a sentir injustiçada e sofrer! Não me pisem porque eu faço tudo para não pisar ninguém e se acontece tenho a dignidade de pedir desculpa…

Efetivamente e na realidade, vivendo a nossa atualidade em Portugal, uma relação que não nos traga beneficio e só traga confusão e prejuízo não é uma escolha acertada na verdade!

Aprendi isto por intervenção de terceiros na verdade! J
Por estar desempregada e ter uma filha achavam que estava nesta relação por interesse monetário…coitados na verdade…não sabem da missa a metade!

Na verdade sempre foi um “quid pro quo”…eu pago-te um jantar tu pagas-me a mim, ou eu pago o jantar e tu pagas os copos…
Normal achava eu, não gosto de “chular” ninguém…
E por vezes se pensar bem não fiquei tanto a ganhar assim…

E pelo contrário, “na minha outra vida quando era rica” o meu maior prazer era ser eu a pagar TUDO e dar sem interesse de receber fosse o que fosse de quem quer que fosse…

Ou seja, nesta minha relação por ser mãe solteira não tive um estigma do ”pai para a filha” mas o sustento para ambas que jamais aconteceu…portanto mais um estigma…
Calculo se efetivamente tivéssemos tentado viver junto…

Mas mais uma vez aprendi mais alguma coisa, que a pessoa para estar ao meu lado tem de ser independente, autossuficiente e que me possa sustentar se precisar, e especialmente autónomo e imune a julgamentos familiares despropositados e irrealistas! ;) Jamais permitirei este tipo de situação.

No fundo sem bagagem dispensável de intervenção!

Perdeu-se o encanto, o propósito, as expectativas, não só por intervenção de terceiros mas por alienação do próprio só porque é mais confortável deixar toda a gente sem incomodar ninguém nas suas vontades e julgamentos intervindo na sua vida…

Cheguei à conclusão que preciso de alguém expedito, rico e sem “bagagem” J!
Caso contrário mantenho só e isolada de tanta opinião desnecessária e sigo o meu caminho!

Afinal eu até tenho tudo na verdade…a mim que sou um mundo, o mundo inteiro e a minha filha!
O que aparecer entretanto é um acrescentar à minha aventura e felicidade!

A vida é tão simples no fundo…e a maior felicidade é adquirir conhecimento, não parar o passo jamais vivendo e não cansar de acordar para aprender todos os dias um pouco mais…

O que levamos desta vida na verdade?!
Só o que vivemos e sentimos…e se for bom vale mais que ouro…

Quem eu procuro vai estar com muita certeza à minha espera no sítio e no lugar certo.
Amar é a coisa mais completa que o ser humano consegue fazer e por amor comete-se as maiores loucuras e invenções do mundo…por isso tenho certeza que um dia voltará a acontecer e será certamente a minha outra parte que encontrarei sem entraves e delongas à felicidade.

Uma boa noite a todos e

Fiquem bem!