Gerir as nossas relações e expectativas.
Como alguém do meu passado dizia: -são precisas duas
pessoas para ter uma conversa!
Caso contrário, será um monólogo ou uma conversa de
surdos.
Numa relação o que mais importa é a comunicação. Se ela é
feita por sinais, olhares, por deixas ou diretamente, o que importa é
comunicar.
Fazer entender o outro o que sentimos, o que queremos e
fazer as coisas avançar, viver e construir juntos…
Teorias do senso comum: quando uma mulher diz:- sim vai
sair com os teus amigos, vai e diverte-te… !
Toda a gente sabe que de uma mulher ciumenta isto não
passa de um teste, de uma ironia “atreve-te”!!! ;)
Mas ele vai e aproveita mesmo…
O que dói e mata!...
Aí a mulher pensa o como devia fazer exatamente o mesmo…mas
não faz porque está numa relação.
Não tem nada que a ver com o facto de se fazer nada de
mal, mas é uma questão de respeito e liberdades…se são um casal e um não pode
por alguma razão, porque é que o outro não guarda a saída para outra ocasião?!
Só pelo facto de não viverem juntos tudo é assim tão
permitido?!
O.K. , isto é a ciumeira a trabalhar!!! Mas custa na
verdade!
Depois vêm os fatores idade, expectativas, tempos de
namoro, pressões familiares…
E a aliança sai ou não sai?!
O tal pedido de casamento romântico?!
Os planos de uma vida a dois?!
A coisa é séria ou não?!
E passa o Natal e o dia dos namorados e os anos e a data
do aniversário do namoro e nada de rasgos românticos nem aliança, nem
perspectivas de coisa alguma porque tudo é vedado por os fatores monetários e “bagagens”
pessoais…(ou por falta de coragem de se resolverem situações…)
Só os lamentos das contas para pagar, do trabalho, da família,
da falta de dinheiro diárias e…mais nada!
E nós (mulheres) na espera, na esperança dos rasgos românticos
do início e das declarações fortuitas de amor, do fogo da paixão e a pedir secretamente
que de facto se realizem para continuarmos a acreditar que vai resultar…
No entanto começam as conversas repetidas, queixas desconexas,
temas incómodos e sem interesse…conversas vazias e de ocasião preencher vazios…
Aí começamos a ver os detalhes incómodos, as situações desconfortáveis,
começamos a ver defeitos e a ser intoleráveis…a medir os prós e os contras da
relação e que impactos práticos terão nas nossas vidas!
Apesar de acomodadamente e nas folgas da criança, lá
vamos ao jantarinho no restaurante do bairro quando se pode (questão monetária),
beber um copo no bar da zona, dançar q.b. e dormir até a ressaca se curar… e
voltar então de novo cada um à sua vida, com as suas dores e dissabores e
lamentar profundamente por não haver resolução…
Resumindo, aos 35 anos, mãe solteira e assumidíssima, a
coisa que mais queria de facto era alguém ao meu lado expedito e resolvido, com
projetos e a realiza-los!
Companheiro sim, não só nos copos, não só amante, não só
amigo. Um cúmplice, um alicerce, “motor de arranque”, capaz de me carregar a
mim e ao mundo se fosse preciso…só por mim…(é de facto pedir muito mas não é impossível…)
Depois do meu passado, do meu trilho importava mesmo
sentir esse “alguém” que me pertencia e que lhe pertencia…o tal do “compromisso”
para toda a vida, como um pacto de sangue…a minha outra parte!
Ao início apesar dos freios e dos receios parecia, mas
depois tudo desvaneceu tão rapidamente como aconteceu…
É tao fácil falar, dizer que “te amo” e que para mim só
existes tu e és tu…!
E quando as situações “chaves” aparecem em que temos de
agir e demonstrar isso exatamente nos passam ao lado e nem agimos?!
Será que é assim tanto Amor?!
As pessoas efetivamente revelam-se nas crises, nas situações
limite…
Mas a vida também me tem ensinado que nem toda a gente
lida com as situações de acordo com o que tenho expectativa ou acho que
conhecia das pessoas…
Na verdade por vezes é melhor desvalorizar e deixar as
coisas como estão e se as tivermos de as enfrentar que seja “encolhidos” e
calados.
Dá menos trabalho e chatice na verdade e tudo acaba por
passar e se arrumar!
Isto com o trejeito: o que não tem remédio remediado
está!
Cá a miúda é gente de pelo na venta (agora) e faz questão
de reclamar o seu direito seja onde e com quem for! Recuso-me a sentir
injustiçada e sofrer! Não me pisem porque eu faço tudo para não pisar ninguém e
se acontece tenho a dignidade de pedir desculpa…
Efetivamente e na realidade, vivendo a nossa atualidade
em Portugal, uma relação que não nos traga beneficio e só traga confusão e prejuízo
não é uma escolha acertada na verdade!
Aprendi isto por intervenção de terceiros na verdade! J
Por estar desempregada e ter uma filha achavam que estava
nesta relação por interesse monetário…coitados na verdade…não sabem da missa a
metade!
Na verdade sempre foi um “quid pro quo”…eu pago-te um
jantar tu pagas-me a mim, ou eu pago o jantar e tu pagas os copos…
Normal achava eu, não gosto de “chular” ninguém…
E por vezes se pensar bem não fiquei tanto a ganhar assim…
E pelo contrário, “na minha outra vida quando era rica” o
meu maior prazer era ser eu a pagar TUDO e dar sem interesse de receber fosse o
que fosse de quem quer que fosse…
Ou seja, nesta minha relação por ser mãe solteira não
tive um estigma do ”pai para a filha” mas o sustento para ambas que jamais
aconteceu…portanto mais um estigma…
Calculo se efetivamente tivéssemos tentado viver junto…
Mas mais uma vez aprendi mais alguma coisa, que a pessoa
para estar ao meu lado tem de ser independente, autossuficiente e que me possa
sustentar se precisar, e especialmente autónomo e imune a julgamentos
familiares despropositados e irrealistas! ;) Jamais permitirei este tipo de
situação.
No fundo sem bagagem dispensável de intervenção!
Perdeu-se o encanto, o propósito, as expectativas, não só
por intervenção de terceiros mas por alienação do próprio só porque é mais confortável
deixar toda a gente sem incomodar ninguém nas suas vontades e julgamentos
intervindo na sua vida…
Cheguei à conclusão que preciso de alguém expedito, rico
e sem “bagagem” J!
Caso contrário mantenho só e isolada de tanta opinião
desnecessária e sigo o meu caminho!
Afinal eu até tenho tudo na verdade…a mim que sou um
mundo, o mundo inteiro e a minha filha!
O que aparecer entretanto é um acrescentar à minha
aventura e felicidade!
A vida é tão simples no fundo…e a maior felicidade é
adquirir conhecimento, não parar o passo jamais vivendo e não cansar de acordar
para aprender todos os dias um pouco mais…
O que levamos desta vida na verdade?!
Só o que vivemos e sentimos…e se for bom vale mais que
ouro…
Quem eu procuro vai estar com muita certeza à minha
espera no sítio e no lugar certo.
Amar é a coisa mais completa que o ser humano consegue
fazer e por amor comete-se as maiores loucuras e invenções do mundo…por isso
tenho certeza que um dia voltará a acontecer e será certamente a minha outra
parte que encontrarei sem entraves e delongas à felicidade.
Uma boa noite a todos e
Fiquem bem!

1 comentário:
🙂
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